sexta-feira, março 30, 2012

Premiados "A Vingança de uma Mulher"

Divulgam-se os premiados com um convite duplo para a sessão de "AVingança de uma Mulher", hoje, às 22h, no Teatro do Campo Alegre:

Mariana Santos
Betânia Liberato
Tiago Freitas
Helena Estrela
Miguel Almeida

Os premiados devem proceder ao levantamento dos bilhetes junto da bilheteira do Teatro do Campo Alegre, indicando o seu nome.

quinta-feira, março 29, 2012

Passatempo: "A Vingança de Uma Mulher"



O Cineclube FDUP e a Medeia Filmes estão a oferecer 5 bilhetes duplos para o filme "A Vingança de Uma Mulher", que teve hoje estreia nacional nas salas Medeia Filmes.


A sessão realizar-se-á amanhã, dia 30 de Março, às 22h, no Teatro do Campo Alegre, e contará com a presença da realizadora Rita Azevedo Gomes para apresentar o seu novo filme e conversar sobre ele com e o público.

Para ganhares um dos bilhetes duplos, sê um dos 5 primeiros a enviar um email para cineclubefdup@gmail.com, indicando o teu nome, até às 12h de amanhã. A lista dos vencedores será aqui publicada após o final do passatempo.  


"É o seu trabalho mais ambicioso, o novo e “siderante” filme de Rita Azevedo Gomes, como se lhe refere Francisco Ferreira na entrevista à realizadora na última edição do jornal Expresso. A VINGANÇA DE UMA MULHER adapta livremente a última das novelas de “Les Diaboliques”, do escritor oitocentista francês Barbey d’Aurevilly, amigo de Baudelaire, e com uma escrita “incendiária” que lhe valeria processos e absolvições, até à redenção final."

sexta-feira, março 23, 2012



Depois da exibição de "FAUST", de F. W. Murnau [ao som de, digamos, trance progressivo (!)], o Cineclube FDUP faz uma mini-pausa por altura da semana da Páscoa.
Assim sendo, marcamos novo encontro para dia 12 de Abril, com "DAMNATION" (1987), do húngaro Bela Tárr.

Até lá e bons filmes!

terça-feira, março 20, 2012

5ª feira (22 Mar): "FAUST", F. W. Murnau



O melhor cinema da UP volta esta semana com "FAUST" (1926), de F. W. Murnau, obra-prima do cinema mudo e da estética expressionista alemã concebida a partir da obra homónima de Goethe.

É às 18h15, na sala 1.01. Apareçam e tragam um, dois, três amigos!


In Faust, where the central theme is distilled into the struggle of good against evil, Murnau creates a perfect visual metaphor in his use of expressionist lighting and ubiquitous mists, in what really was the last gasp for German Expressionism. The performers are side-tracked. The film opens in a dazzling crescendo of crashing light and dark as Mephistopheles confronts the archangel. In the first half of the film, where Mephisto tempts and then totally corrupts Faust, the images are frequently darkened, with stabs of light illuminating faces or figures. Murnau borrows Rembrandt’s highly expressive use of light and shadow to manifest the struggle being waged for Faust’s soul. When Gretchen first appears the shading becomes more neutral, infused with greys. But after she is seduced, the earlier, darker code is reinstated. It is only at the conclusion of the film that the archangel’s light and his love-heart shaped wings restore the natural order; although his rationale for redeeming mankind may be based on an opportunistic logic.



quarta-feira, março 14, 2012

três zeros




Caros Cineclubistas e amigos,

Pela primeira vez, e na era da desertificação da blogosfera, o blog do Cineclube atingiu, em Fevereiro, um número superior a 1000 visitas!
A despeito dos números, é uma marca de vitalidade deste espaço e, mais, do gosto de quem nos visita pelo que se passa na actualidade cinematográfica. Da nossa parte, continuarão a encontrar por aqui aquilo a que estão habituados: críticas, agendas cinematográficas, fotogramas magníficos (como o deste post - via Antonioni), impressões, odes repentinas de amor ao cinema, etc..

Bons filmes!

terça-feira, março 13, 2012

Projecto CineBatalha


Segue, abaixo, a apresentação de um projecto de um grupo de cidadãos para a revitalização do Cinema Batalha.


O Cinema Batalha é um emblemático edifício que motiva o nosso interesse (e de tantas outras pessoas com quem temos falado), não só por ser uma simbólica obra de arte e de arquitetura, mas também pela sua história cinematográfica, que chega até aos dias de hoje sob a forma de memórias.

Eu faço parte de um grupo de 4 pessoas, com formação em diversas áreas, mas com uma grande paixão em comum - o Cinema Batalha. Enquanto cidadãos, consideramos estar em nós a vontade de tentar mudar uma situação que perdura há algum tempo, sem trazer qualquer benefício à comunidade. Nos últimos meses temos vindo a discutir como levar a cabo esta intervenção e qual a melhor forma para a sua manifestação, aproveitando as potencialidades do Cinema Batalha. Perante esta iniciativa, esperamos poder contar com entidades que se mostrem sensíveis a esse potencial, bem como à frustração em ter um edifício tão marcante da cidade do Porto nas condições atuais.Não será de mais acrescentar que estamos perante um projeto baseado na nossa boa-vontade, e na boa-vontade de futuros colaboradores, sem qualquer fim lucrativo em vista. Por esse motivo, contacto-vos na esperança de conseguir uma calorosa colaboração e envolvimento entre todos os interessados.

Visitem, por favor, o nosso blogue e a respectiva página do facebook, que utilizaremos como principal meio de divulgação da nossa intervenção. Divulguem também por todos os vossos contactos, para que façamos chegar esta iniciativa ao maior número de pessoas possível.Só trabalhando em conjunto, por uma causa, será possível valorizar o Cinema Batalha e, a um nível superior, dar o devido valor à arte e à cultura em Portugal.

Contamos com a vossa ajuda!

Joana Brandão

domingo, março 11, 2012

Crítica a "Trust" de Hal Hartley


Trust, sem qualquer tipo de preliminares com as formalidades narrativas, anuncia-nos imediatamente, por Maria (antes da evidente mudança a nível de profundidade emocional) um brainstorm de clichés e estereótipos da suburbia americana, plasmados na desistência desta de várias entidades típicas do romantizado ideário da juventude : da escola e da inocência (não propriamente sexual – embora esta, neste caso não exista mais, sendo que se pressupõe que esta Maria não tem a mesma espontaneidade criacionista genética da homónima personagem bíblica – mas antes do distanciamento tácito de determinadas responsabilidades para com a sociedade, quando esta definiu restritas regras de respeitabilidade e de capacidade para as arcar).

Pese embora a situação difícil em que se encontra, Maria confia no seu namorado para um eventual casamento prometido, com a gravidez como eterno dote catalisador das uniões matrimoniais. Porém, tal planeamento de vida choca diretamente com o futuro que tal namorado projetou para si.

Este decurso inicial dos acontecimentos, algo digno de telenovela de ritmo acelerado, revela a ironia que se encontra na superfície deste filme (sendo também um traço distintivo do cinema de Hal Hartley), alternando fluidamente entre o realismo e o absurdo polvilhado de humor deadpan. Como quando o pai morre (literalmente) com a notícia da gravidez de Maria, com esta a chama-lo de “bastard” como ultimas palavras, como se de um antecipado elogio fúnebre por parte de um orador brutalmente honesto se tratasse.

Nesse aspecto, na aparente arbitrariedade de determinadas situações e subplots, Hal Hartley parece partilhar o gosto de Godard pelo absurdo e pela coincidência, sem serem momentos pontuados por apaixonadas reflexões sobre as motivações que regem as acções das diversas personagens, mas um encapsular de vida em modo fast forward, que demonstra a universalidade do sentimento de deriva emocional, quer no domínio das relações humanas que estabelecem, quer na relação com as suas próprias ideologias.

Essa parte humana do filme, apesar das camadas de ironia e absurdo em que esta se camufla, está melhor presente na relação entre Maria e Matthew, que quando se encontram, ambos em momento de fuga de um folclore parental controlador, agem desconfiados, como se tratassem de animais feridos traumatizados pela presença de predadores. Acaba por uni-los o sentimento de não-pertença, quer em casa, onde se passeiam as autoridades parentais que não compreendem, quer o mundo em geral, que os ironicamente os subjuga e às ideologias ainda não formatadas pela realidade material, como Matthew ver-se obrigado a trabalhar na reparação de televisões, quando recusa terminantemente ter algum contacto com esse tipo de tecnologia.

Confiança, seja qual for a fórmula em que se decomponham os diversos sentimentos em que esta se alicerça, é o motor para a osmose emocional e convergência efectiva que ocorre entre os dois, e é apenas isso que sabemos, porque o filme apenas nos mostra uma parte da procura. Da procura de algo em que possamos confiar, a procura de razões para confiarmos em nós próprios.

sexta-feira, março 09, 2012

Foi com "TRUST" (1990), de Hal Hartley, e com mais de duas dezenas de espectadores, que o Cineclube voltou ao activo neste semestre. Em breve estará aqui disponível a crítica do André Guerreiro.

O reencontro, esse, já sabem: é dia 22, às 18h15, com "FAUSTO", de F. W. Murnau, obra que marca a estreia do Cineclube no cinema mudo. Até lá e bons filmes!

segunda-feira, março 05, 2012

Programação 2.º Semestre

Design: Luísa Beato


Aqui está a tão aguardada programação completa para o 2.º Semestre 2011-2012.
Como tem sido seu propósito, o Cineclube FDUP prossegue a sua missão na divulgação das diferentes estéticas e filmografias da história do Cinema, num percurso que se inicia na cinema independente americano e termina naquele que é talvez o mais importante realizador brasileiro.

Depois de termos exibido John Cassavetes, o pai do cinema indie americano, mostraremos agora Hal Hartley, nome maior dessa mesma corrente nas décadas de 80 e 90, num dos seus filmes-charneira: "TRUST" (1990).
Segue-se uma estreia absoluta no Cineclube FDUP: o mudo. Não obstante as disputas em torno do recente êxito de The Artist (M. Hazanavicious), o certo é que o cinema mudo voltou a estar nas bocas do mundo. Melhor altura que esta não havia, portanto, para mostrar um clássico imemorial do género: "FAUST" (1926), de F. W. Murnau, obra tributária do movimento expressionista alemão.
Segue-se a obra de um dos grandes realizadores menos conhecidos em Portugal, dada a escassa distribuição comercial dos seus filmes. Falamos do húngaro Bela Tárr, de quem "DAMMNATION" (1987) servirá de aperitivo para o seu próximo filme a estrear em Portugal ("O Cavalo de Turim").

Só para os mais desatentos é que as vitórias de Salaviza e Miguel Gomes, em Cannes, podem surpreender, e prova disso são os nomes do cinema português contemporâneo que há muito dão cartas no circuito internacional. Exemplo disso é, inquestionavelmente, Teresa Villaverde, cuja obra "MUTANTES" (1998) marca, também, a estreia do Cineclube FDUP no cinema português de autor, no caso, aquele fortemente ligado ao realismo social. É, igualmente, um convite aos menos conhecedores do que de melhor se faz no nosso país.
A terminar, e quase em espírito de lusofonia, apresentamos uma obra icónica do chamado Cinema Novo brasileiro, "DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL" (1963; nomeado para Palma de Ouro, em Cannes, em 1964), de Glauber Rocha, autor controverso filiado no neo-realismo italiano e na nouvelle vague de Godard e companhia. Uma oportunidade, outrossim, para mostrar que o cinema brasileiro não se reduz a cidades de deus e tropas de elite.


O ponto de encontro já está marcado: é esta quinta-feira, às 18h15, com "TRUST", precedido da apresentação de Tomé Pereira. Sala 1.01, entrada gratuita.


PROGRAMAÇÃO:

8 Março: TRUST, Hal Hartley | EUA | 1990

22 Março: FAUST, F. W. Murnau | Alemanha | 1926

12 Abril: DAMNATION, Bela Tarr | Hungria | 1987

19 Abril: MUTANTES, Teresa Villaverde | Portugal | 1998

3 Maio: DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL, Glauber Rocha | Brasil | 1964

domingo, março 04, 2012

Esta quinta-feira (8 Março): "TRUST"



O Cineclube FDUP está de volta para mais um semestre de cinema!

Esta quinta-feira, 8 de Março, as sessões regulares voltam à rua dos Bragas com "TRUST" (1990), de Hal Hartley.
É às 18h15, na sala 1.01, com a apresentação de Tomé Pereira.

O cartaz com a programação geral segue dentro de momentos, estejam atentos!

Respect + admiration + trust = love. Only Hartley would attempt to devise some sort of metric to quantify a feeling as intangible as love; one critic, I can’t recall who, suggested that Hartley’s scripts were so hermetic and rigidly plotted that it’s as if they were written on graph paper. But while his films definitely give the impression of being fully worked out well before the cameras roll, that doesn’t necessarily condemn the end results to being stale and overly calculated. For one, actors like Shelly and Donovan have more than enough charisma, and in Trust specifically, Hartley zeroes in on universal problems that affect many young men and women trying to make their way in the world. Who can’t identify with Matthew, who’s forced to trade in his stubborn idealism for grown-up responsibility by swallowing his pride and taking a job in TV repair? Or Maria, who’s redeemed by love in a very old-fashioned way, once you look past Hartley’s cool detachment and eccentricity?

(crítica completa aqui)



quinta-feira, março 01, 2012

por falar em Carné

Digam lá se este plano, de Le Havre, não é repescado de Le Quai des Brumes, na cena em que Jean (Jean Gabin) apanha boleia de Perez (Marcel Pérès) (e em que Gabin, muito angustiado, diz qualquer coisa como: "o pior de tudo é o nevoeiro que tenho na cabeça")?