quinta-feira, janeiro 27, 2011

true grit



Yeah, é o Jeff Bridges.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

tall dark stranger


"O cinema de Woody Allen, é sabido, tornou-se num piloto automático: cumprir uma ordem de trabalho esquemática que se traduz, muitas vezes, numa reprodução de um guião da sua autoria sem grande direcção de actores ou marcação de preferências estilísticas, ou ainda, se quisermos, uma mera presença do universo de um autor sem ser pelos restos das vias tradicionais das "punchlines" ou das suas angústias diárias — a ideia que a vida, para Allen, simplesmente não faz muito sentido. Infelizmente, é esse mesmo distanciamento de Allen do seu clima de rodagem e da sua direcção que faz com que os filmes traduzam apenas isso: filmes que não fazem, também eles, muito sentido.
(...) é de novo pelo despropósito do argumento que o filme acaba por cair na inutilidade. Allen já não parece construir o seu filme para nos oferecer uma moral (como no excelente, e último grande filme dele, Match Point), mas apenas entregar-nos o esquema de uma moral que servirá, já por si, de justificação para um filme (que as ilusões das vidas dos outros não serão melhores que as nossas desprovidas de rumo). You Will Meet a Tall Dark Stranger começa com uma boa captação do seu ambiente e das suas "famílias", no entanto, é quando Allen decide mexer nas peças para provar o seu ponto que tudo desaba, sem caminho, sem rigor e sem conclusão, ficando-se inclusivamente com a impressão que a segunda parte do filme ficou por escrever".




terça-feira, janeiro 25, 2011

sobre o ano que passou

Aqui fica o link para um balanço da produção cinematográfica em 2010, nem que seja para ficarmos com uma ideia dos (numerosos) bons filmes que perdemos! (ou que nunca chegaram cá...)

copia conforme



"Um escritor nunca consegue pôr tudo num livro. Por isso escreve outro".
Copia Conforme, de Abbas Kiarostami.


Seria leviano usar uma ou duas palavras bombásticas para descrever este filme. Por isso, já tarde e a más horas, uso seis: demasiado-prodigioso-para-não-ser-visto.

(depois do filme, fui ver o novo do Woody Allen. Erro meu, claro. "Nunca comas o doce antes da fruta", sempre me disseram os meus pais)

quarta-feira, janeiro 19, 2011



Film Socialisme, novo filme de Godard.

Provavelmente chegará a Lisboa, provavelmente ao Porto não.
É assim a vida.

domingo, janeiro 16, 2011


Há tempos, um crítico do jornal Público (creio que o Jorge Mourinha) escrevia, a propósito do blockbuster Eat Pray Love, que, sendo o filme fraquinho (diz ele, não vi), a ida ao cinema acabava por compensar pelo facto de, como em tempos antigos, podermos contemplar um grande actriz e uma mulher lindíssima em cena. Falava, pois, de Julia Roberts. Dizia ainda que esse era hoje um privilégio raro. Melhor, dois. O de vermos uma actriz da dimensão de Julia Roberts (umas das últimas grandes actrizes da cinematografia contemporânea, dizia); e o de podermos ver um filme só por causa dela.

Há dias fui ver Chloe ("O Preço da Traição", em português... - há assim tão pouca gente a ir ao cinema?!), de Atom Egoyan.
Não sendo, de todo, um mau filme, o que ressalta ao fim de uma hora e meia é, para todos os efeitos, uma e só uma coisa: a grandeza, o brilhantismo e a extroardinária elegância de Julianne Moore (ela que ainda há pouco tempo tinha tido uma passagem tão fugaz quanto impressionante em A Single Man, de Tom Ford). O filme é todo seu e anda ao ritmo da sua personagem do princípio ao fim. Estamos a ver o filme e estamos a ver Julianne Moore... ela enche por completo o écran.

Se Julia Roberts pertence a esse panteão, Julianne Moore estará com certeza ao seu lado.

beautiful

Outra maravilha que está quase a chegar.

O Guilherme já tinha falado de The Tree of Life, novo filme de Terrence Malick que está aí (?) a chegar, mas só agora vi o trailer. E a não ser que esta pequena maravilha de dois minutos seja resultado de mero acaso, temos aí um grande filme!

sábado, janeiro 08, 2011

Condenados de Shawshank

Salvo erro, vem escrito na capa que a esperança liberta! Foi o primeiro filme do ano, e foi um bom mote. Dizer que nos fala de esperança é muito pouco e redutor!

É também um tributo à inteligência, à amizade, à honra e à coragem. Tal como "12 Angry Men" desconstrói a formatação das mentes para o óbvio, o fácil e imediato - essa busca stressante pela celeridade em detrimento da qualidade e da compreensão. Não sei realmente se é um filme sobre a justiça, a vida nas prisões, a corrupção, esperança ou a amizade.. Penso que é algo mais!



Alvo de uma fraca recepção, apesar da crítica generosa e das vária nomeações para os Óscares, é hoje um filme de culto pela maioria das pessoas que o viram.





Estas muralhas têm um estranho efeito. Primeiro odiamo-las. Depois habituamo-nos a elas. Quando passa muito tempo ficamos dependentes delas.” Red (Morgan Freeman)



Quem nao viu, deveria, e quem ja viu que repita. Como certamente farei!