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sábado, novembro 28, 2009
days of being wild
Infelizmente, não consegui encontrar nenhuma cena de Days of Being Wild (1990, de Kar Wai Wong) com legendas em inglês.
No diálogo acima, e num outro que a ele se segue, York interpela enigmaticamente Li-zhen (que não o conhece de parte alguma), pedindo-lhe para que nunca se esqueça daquele dia e daquela hora - 16 de Abril de 1960, um minuto para as 15h. Ou, como o IMDB me fez questão de facilitar a tarefa:
Yuddy: What day's today?
Su Lizhen: 16th.
Yuddy: 16th... April the 16th. At one minute before 3pm on April the 16th, 1960, you're together with me. Because of you, I'll remember that one minute. From now on, we're friends for one minute. This is a fact, you can't deny. It's done.
Gostei mesmo muito deste filme, que me foi emprestado por um cineclubista da FEP - depois de me ter fascinado com Chungking Express (1994), do mesmo Kar Wai Wong - e a quem agradeço a partilha!
Days of Being Wild supera, na minha opinião, Chungking Express, e isto tendo em conta os incontornáveis pontos de contacto (mais numerosos que os de contraste, arrisco sem grande risco) entre os dois filmes.
As teias dos nebulosos relacionamentos humanos - muito mais próximas do que se pensam -, a fugacidade dos mesmos e a dor da perda a ela associada, tudo isto é filmado por Kar Wai Wong de uma forma bela, contemplativa, sem no entanto nos deprimir ou angustiar como se não houvesse amanhã.
A propósito disto, lembrei-me de um artigo no ípsilon sobre a exposição de Tim Burton no MoMa:
"(...) Burton nunca transpõe a linha do terror. Ele quer-nos impressionar, provocar e desafiar, mas não nos quer aterrorizar. Os seus monstros maravilham-nos, não nos metem medo. (...) Há energia e destruição, mas também ternura e sedução".
Quer em Days of Being Wild, quer em Chungking Express, Kar Wai Wong faz também isto mesmo: não transpõe a linha da solidão, do amor ou da perda. "Impressiona-nos", "maravilha-nos", faz-nos pensar; mas não nos atira no escuro nem nos tritura a alma.
nota: Tal como em Chungking Expres, encontramos também neste filme uma banda-sonora muito bonita.
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sexta-feira, outubro 16, 2009
momentos bonitos dentro de um momento ainda mais bonito chamado "Chungking Express"





Chungking Express (ou Chung Hing sam Iam, no original) é um filme de Kar Wai Wong (de quem nunca tinha visto nada até à data) de 1994. Não me alongo muito sobre o filme porque o propósito deste apontamento não é esse, mas tão-só o de fixar estes pedaços extraodinários de luz e cor, e a que se juntam, para quem viu o filme, a melancolia e a vivência errática de pessoas insatisfeitas (cada uma à sua maneira, ou não o somos todos?) numa Hong Kong mundana que podia ser Nova Yorque, Lisboa, Rio de Janeiro ou Moscovo.
Uma vez mais, os meus parabéns pela escolha ao Cineclube da FEP, que o passou na passada terça-feira.
nota primeira: Havia uma fotografia, em especial, que queria deixar aqui, mas não a encontro. É quando a hospedeira de bordo está deitada na cama de olhos fechados descansando depois do êxtase e o "segundo" polícia (o "polícia 663") descreve círculos com o avião por cima da sua cabeça. Até que a certa altura o avião aterra languidamente sobre o ombro da mulher e a câmara se foca, na lateral, sobre o seu rosto. Não há palavras neste mundo que descrevam esse momento...
nota segunda: A banda sonora é, também ela, extraordinária.
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