segunda-feira, maio 11, 2015

Quarta, 13 de maio: PAMPLINAS MAQUINISTA (1926), de Clyde Bruckman e Buster Keaton

Na próxima quarta-feira, dia 13 de Maio, pelas 18h15, o Cineclube FDUP apresenta PAMPLINAS MAQUINISTA (The General, 1926), de Clyde Bruckman e Buster Keaton. A sessão realiza-se na sala 0.01 da FDUP e a entrada é, como habitualmente, gratuita.

Contamos com a tua presença!


«Today I look at Keaton's works more often than any other silent films. They have such a graceful perfection, such a meshing of story, character and episode, that they unfold like music. Although they're filled with gags, you can rarely catch Keaton writing a scene around a gag; instead, the laughs emerge from the situation; he was “the still, small, suffering center of the hysteria of slapstick”, wrote the critic Karen Jaehne. And in an age when special effects were in their infancy, and a “stunt” often meant actually doing on the screen what you appeared to be doing, Keaton was ambitious and fearless. He had a house collapse around him. He swung over a waterfall to rescue a woman he loved. He fell from trains. And always he did it in character, playing a solemn and thoughtful man who trusts in his own ingenuity.»

- Roger Ebert, toda a crítica aqui.

sexta-feira, maio 01, 2015

O Cineclubismo Universitário

O Cineclubismo Universitário


Pensar o conceito de cineclube universitário não implica, hoje, considerar somente os epifenómenos que terão, em tempos, conduzido à sua proliferação na cidade do Porto na primeira década do milénio. Assumindo-se aqui uma perspectiva actualista quanto àquilo que seja a realidade da oferta cinematográfica na cidade, a questão passará agora por saber da ainda necessidade destes clubes.

Numa cidade onde a exibição cinematográfica se afigurava, à data em que foram criados, imoderadamente parca, os cineclubes universitários surgem com o intento de possibilitar o acesso às distintas filmografias e estéticas da história do Cinema, bem como servir de mote para o impulso de uma postura crítica e reflexiva sobre as obras.

Ainda que a génese do cineclubismo universitário em nada se tenha retractado, não deixa de ser exacto afirmar a suplantação daquele cenário. Entre o deserto de então e o presente, vimos germinar uma série de projectos caracterizados pelas suas frases-signo onde se declaram devolutivos do Cinema ao Porto. E fazem-no bem! Porém, com uma distribuição que olvida tudo o que seja pré-década de 90 – salvo estes mais recentes e louváveis esforços de restauro que, ainda assim, são apontamentos – continua a não ser possível a exibição de quase toda a história do cinema. Porque o Cinema é também Memória e é em particular a sua própria memória que se quer preservar, estão os cineclubes universitários ainda no papel de trazer ao público em construção, o jovem, todo o cinema a que de outra forma não conseguem aceder. Trata-se, afinal, de não se perder a ideia de cinefilia, no sentido que Rancière lhe atribui, “um caso de paixão”, com tudo o que ela acarreta.



Cineclube FDUP


Texto do Cineclube FDUP para a Agenda do Cinema Independente no Porto, Maio 2015. Pode ser visto ali