sexta-feira, abril 29, 2011

Passatempo "8 1/2 Festa do Cinema Italiano"


O Cineclube FDUP associa-se à "8 1/2, Festa do Cinema Italiano" para a realização de um passatempo!
Ganha um bilhete duplo para assistires a:

"FABRICA PROGRAMA SHORTS AND SPOTS" e a "I'M JESUS", no dia 30 de Abril (15h30), em Serralves

E

"LA PECORA NEGRA", no dia 1 de Maio (18h30), em Serralves

Para isso envia email para cineclubefdup@gmail.com com a resposta à pergunta:

Quantos e quais são os filmes em Competição nesta edição da Festa do Cinema Italiano?


O primeiro email a chegar com a resposta correcta será o premiado! Não percas esta oportunidade!

quinta-feira, abril 28, 2011

Ainda há bilhetes duplos para o IndieLisboa 2011!


O Cineclube FDUP ainda tem bilhetes duplos para o IndieLisboa 2011, que decorrerá de 5 a 15 de Maio!

Para ganhares um bilhete duplo, envia um email para cineclubefdup@gmail.com respondendo à pergunta:

Quantas secções tem o IndieLisboa 2011 e quais os seus nomes?

Sê rápido porque os bilhetes estão a chegar ao fim!

segunda-feira, abril 25, 2011

"CLÉO DE 5 À 7", amanhã (26 Abril), 18h15



Esta terça-feira, 26 de Abril, não percam:

"CLÉO DE 5 À 7", de Agnès Varda, com interpretações de Corinne Marchand, Antoine Bourseiller e Dominique Davray.

Entrada gratuita. Às 18h15, na sala 128.
Sorteio de um bilhete para cinemas UCI.

No âmbito do passatempo "VAI AO INDIELISBOA 2011 COM UM AMIGO" serão oferecidos 5 bilhetes duplos aos primeiros cinco cineclubistasa chegarem à sala 128!

SINOPSE
"Cléo de 5 à 7" captura a atmosfera de Paris dos anos 60, mostrando as interrogações de uma mulher solteira enquanto espera o resultado de uma biópsia. Uma crónica de duas horas cruciais na vida de uma mulher.
Um dos melhores filmes de Agnès Varda, e certamente um dos que melhor exprime um "espírito Nouvelle Vague"; de resto, as deambulações parisienses da sua personagem principal não deixam de evocar «À Bout de Souffle», como se Cléo fosse um contraponto feminino ao filme de Godard (que, por sua vez, aparece num curioso "filme no filme").

TRAILER

quarta-feira, abril 20, 2011

PASSATEMPO "VAI AO INDIELISBOA 2011 COM UM AMIGO"




CINECLUBE FDUP E FESTIVAL INDIELISBOA 2011 APRESENTAM:

PASSATEMPO “VAI AO INDIELISBOA 2011 COM UM AMIGO”


De 5 a 15 de Maio, a 8ª edição do IndieLisboa 2011 traz novamente o melhor cinema independente à cidade de Lisboa!

Habilita-te a ganhar um bilhete duplo para o IndieLisboa! Para isso, responde à seguinte pergunta:

Quantas Secções tem o IndieLisboa 2011 e quais os seus nomes?

Envia a tua resposta para cineclubefdup@gmail.com
As primeiras 5 respostas correctas serão as premiadas!

Os concorrentes deverão indicar, além do seu nome, o nome do seu acompanhante (não serão atribuídos 2 bilhetes a uma mesma pessoa).

Os bilhetes são válidos para qualquer local de exibição (Cinema São Jorge, Culturgest e Teatro do Bairro) e para qualquer dia do festival, excepto cerimónias de abertura e encerramento, sessões especiais, filmes-concerto e workshops.


O Cineclube FDUP disponibilizará ainda 5 bilhetes duplos em cada uma das próximas sessões (26 Abril e 10 Maio) aos 5 primeiros cineclubistas a chegar à sala 128.

AVISO:
Decorrerá, paralelamente a estes dois passatempos, um outro na página Facebook do Cineclube. Cada concorrente só poderá receber um bilhete, pelo que o mesmo concorrente não poderá participar em mais do que um passatempo.
O acompanhante de um concorrente premiado também não poderá concorrer.

segunda-feira, abril 18, 2011

VI CICLO "A JUSTIÇA NO CINEMA"



A Associação Jurídica do Porto e a Associação Sindical de Juízes Portugueses apresentam o VI ciclo "A Justiça no Cinema", nos dias 3, 10, 17 e 26 de Maio.
Às 21h30, no Teatro Campo Alegre. Filmes seguidos de debates, com oradores a anunciar.

3 Maio
O ADVOGADO DO TERROR (Barbet Schroedor, 2007)

10 Maio
SEGREDO DE UM CUZCUS (Abdellatf Kechicihe, 2007)

17 Maio
A CRIANÇA (Jean-Pierre e Luc Dardenne, 2005)

26 Maio
O PROFETA (Jacques Audiard, 2009)

domingo, abril 17, 2011

O Cineclube foi ao cinema!



Um cinema dentro de um cinema, um filme dentro de um filme, que é o "Road to Nowhere".

Pleonasmos à parte, o filme é um desafio: à indústria, aos estilos convencionais, ao espectador, que se debate e intriga com as reviravoltas do argumento, até à última cena.

Simultaneamente, há momentos belíssimos, poéticos até, que pausam o desenrolar dos acontecimentos, devolvem o fôlego e apelam aos sentidos, mais do que ao intelecto.

O realizador, Monte Hellman, diz que é um "enigma impossível" e que "cabe a cada espectador resolvê-lo sozinho", mas aceitamos contribuições.


E na onda dos documentários, fica um outro: "Waste Land", de Lucy Walker, que filma o Jardim do Gramacho (Brasil), a maior lixeira da América Latina.
Em breve nos cinemas.

"A Cidade dos Mortos"




"A Cidade dos Mortos", de Sérgio Tréfaut.
Já nos cinemas.

talvez o melhor seja mesmo ficarmo-nos por aqui*



"Road to Nowhere", de Monte Hellman.

* diz-vos um bom amigo que já por duas vezes foi ludibriado na cadeira de uma sala escura para os lados do Campo Alegre.

sábado, abril 16, 2011

sobre "Film Socialisme"



E sobre o próprio Godard.
Artigo completo aqui.

"(...) Pasados cinco minutos, esa serpenteante sensación de estar asistiendo a una broma pesada se apoderaría del noventa por ciento de los espectadores. El orgullo del inculto ante el pedante haría acto de presencia en cuestión de segundos. Una reacción química, la de la persona más o menos formada y educada, ante la obra de arte indescifrable, en la época de los desciframientos compulsivos. La tensión occidental ante el arte incomprensible y libre, sumada a la estupefacción ante la impune colección de referencias imposibles. Otra cosa es Cannes o Venecia, donde las estadísticamente inocuas legiones de cinéfilos vociferantes esnifan Film socialisme con la avidez con que los Fremen de Dune paladean la especie Melange.
(...)
Godard lo sabe. Sabe que su película es un producto marginal, abarrotado de una cultura al alcance de pocos y servida en frío. Y aun así, su sueño de distribución utópica indica dos aspectos significativos de su manera de entender su cine: el primero, que concibe sus obras como un producto exclusivo de su libertad creadora, un objeto individual, específico, autónomo, que merece un trato igualmente específico, modesto, latente y vivo. El otro, que el cine, como todas las cosas, forma parte de los hombres, de todos los hombres que forman las sociedades, los socialismos y los capitalismos, y que los circuitos no son los caminos que esos hombres transitan. Suculenta paradoja de su arte, casi insufriblemente izquierdista, tozuda y malhumoradamente rojo, y tan inalcanzable, tan espetado, tan hermético a la par que luminoso.

Godard es un volcán de pensamientos, de ideologías individuales, de conceptualizaciones brillantes y contradictorias. Su verborrea de choque, con la que pretende hacer estallar conceptos, a la manera griega antigua, ha iluminado el cine con algunos de sus aforismos más reveladores, pero también ha pervertido el lenguaje de la crítica hasta unos extremos que la historia se encargará de poner en su justo lugar. No estuvo solo en tal hazaña, pero su presencia constante y poderosa es tal vez el máximo acicate a esa corriente de cinefilias abstrusas y ensimismadas, dispuestas a desentrañar cada aspecto de las obras, y de la que todos somos parte.
(...)"

sexta-feira, abril 15, 2011




"Somewhere", de Sofia Coppola.

terça-feira, abril 12, 2011

Faces

John Cassavetes, 1968 Crítica: Rita Carvalho

Faces é um filme sobre pessoas, sem qualquer outra soma para além daquela que realmente existe, que realmente é. Sem açúcar ou adoçante, ou talvez, corrijo, um pouco do primeiro, que sabe melhor! Mas logo passa.


Aqui as personagens vão ganhando intensidade de forma gradativa, pelo que a sua profundidade emocional vai aumentando até nada mais sobrar. Vão-nos revelando mais e mais pormenores e também em nós, com o escorrer do tempo, as sensações vão-se agravando, até que por fim nada mais sobra.


Inicialmente eles surgem alegres, sob efeito do álcool, é certo, mas alcoolicamente alegres. Piadas ridículas, danças burlescas. Falam alto, mostram a sua virilidade junto da fêmea, são festivos. Nós, que observamos, ficamos confusos, mas simultaneamente alegres. Rimo-nos do absurdo, do disparate, incapazes de antecipar o que lhes faz despertar tais vontades. Ainda assim rimo-nos. Tudo é riso. Eles gargalham, nós também.


Rapidamente um sopro de seriedade e sobriedade - ainda que culpem o álcool, acredito que apenas nestes momentos se encontram efectivamente conscientes da sua condição e, portanto, sóbrios - atinge-os. Tornam-se rudes, exibem os seus cargos como forma de afirmação, berram de forma desenfreada. Maltratam as mulheres, as companheiras, as amantes. Proferem insultos ou são insultuosos. Pedem o divórcio. Nós estamos perturbados. Apercebemo-nos progressivamente do, outrora implícito, agora explícito, vazio destes homens. E temos pena. Até quando tentaste seduzir Jeannie, tu Richard, com essas danças e gargalhadas loucas, não procuravas uma fuga?


A princípio elas irrompem calmas na tela. Fingem estar tudo bem. Bocejam tranquilidade e riem meio escondidas atrás da mão. Saem para se divertir. Subitamente parecem despertar para a música, ou alguém as desperta. E nós vemos novamente a necessidade que se nos surgiu anteriormente. A necessidade de dançar, de rir, de amarrar impacientemente o jovem de vinte anos e de suar desejos, de encenar a felicidade que não mais existe nestes casamentos que se mantêm apenas porque sim.


Sabes, são elas, não são? Essas danças que tu dizes que acertam onde a ciência falhou, são elas que te revitalizam e que te vão permitindo continuar, não são? Apodreceste, deixaste-te ser levada pela vida fácil e segura, não arriscaste, preferiste ser conformista e habituaste-te aos hábitos, e agora? Agora o tempo não foi brando contigo e sobram-te as danças acompanhadas de bom e muito licor, para que possas continuar, no dia seguinte, com a tua vida banal.


E tu, linda Maria, que esperas o teu marido paciente e obedientemente para lhe preparar um whisky com um sorriso na cara? Quando quebras, chegas ao mais fundo de ti e não suportas aquilo em que te transformaste. E nós temos pena. E nada mais vos resta, já nem os murmúrios das boas memórias, Maria e Richard, para além de acender sucessivos cigarros nas escadas sem trocar uma única palavra. Porque afinal, quando nada resta, nada se consegue dizer. E nós sentimos um vazio.


É desta forma que as personagens se vão intensificando na tela, onde nos surgem os seus rostos bem focados - já por isso o filme se chama Faces - cada vez mais clarividentes, que nos elucidam sobre a condição oca, desabitada de qualquer possibilidade de felicidade. E seguem-se assim, tal qual como são, perturbadores e inseguros, mas acima de tudo, eles próprios, sem nada mais a acrescentar.

faces


Um dos meus filmes preferidos deste ano no Cineclube, ao lado do "Les Bonnes Femmes" e do "The Last Picture Show".

Muita palavra (um pouco como nos filmes do Rohmer) e planos gordos, cheios, a transbordar de imagem (que é como quem diz, no caso, de rostos). Se a isto somarmos umas pelo menos quatro interpretações fabulosas (Richard, Jeannie, Maria e Chet), temos o resultado. Belíssimo.
Clap Clap Clap.

domingo, abril 10, 2011

"FACES", esta terça-feira (12 Abril), 18h15



Esta terça-feira, 12 de Abril, não percam:

"FACES" (1968), de John Cassavetes, com interpretações de John Marley, Lynn Carlin, Gena Rowlands, Seymour Cassel e Val Avery.

Entrada gratuita. Às 18h15, na sala 128.
Sorteio de um bilhete para cinemas UCI.

SINOPSE
O casamento de Richard e Maria está em crise. Numa noite, ele deixa sua mulher para ir ao encontro da jovem Jeannie, que conhecera recentemente. Maria também sai com as amigas, à procura de diversão, e conhece Chet, um rapaz que não mede esforços em agradá-las. A noite é intensa, mas chega ao fim.
Segundo filme independente de John Cassavetes. Nomeações para os Óscares de Melhor Argumento Original (John Cassavetes), Melhor Actor Secundário (Seymour Cassel) e Melhor Actriz Secundária (Lynn Carlin).

EXCERTO

terça-feira, abril 05, 2011

Não vos parece delicioso?






O Mágico de Sylvain Chomet é uma animação inspirada no universo de Jacques Tati onde as imagens falam por si. Sim, este filme quase não tem diálogo, porém prima pelas deleitosas imagens, por uma animação extremamente bem construída e por uma história simultaneamente encantatória e dolorosa.


Um mágico perde público para as grandes e muito mais modernas bandas de rock, vendo-se obrigado a apresentar a sua arte em locais decadentes ou em ambientes onde as pessoas demonstram interesse em tudo, menos nele. Forçado por estes motivos a abandonar a sua cidade, não desiste da magia, procurando público em lugares distintos, pelo que acaba por conhecer uma jovem rapariga que a partir de então o irá acompanhar nas suas viagens.


Porém, o mágico e a jovem rapariga enconcontram-se em posições aburda e inevitavelmente incompatíveis: se o primeiro representa a classe artística cuja obra num passado remoto foi reconhecida e apreciada, mas que na actualidade se encontra numa trágica e fatídica decadência (e veja-se que não é caso singular, se tivermos em consideração os hóspedes do hotel onde se virá a instalar), a segunda, por sua vez, é a imagem da nova geração, aquilo que principia a constituir-se e que será indubitavelmente o futuro.


Em suma, ele representa os que foram e que não mais serão, ela os que ainda virão a ser, sendo que esta sua ascensão padece de uma quase irrisória ironia do destino, na medida em que só se torna possível com o apoio do mágico, que lhe oferece, sem pedir nada em troca, tudo o que ela necessita para emergir.


Gostei muito!


sexta-feira, abril 01, 2011


Uma grande, grande interpretação de Isabelle Huppert em "Copacabana" (2010, de Marc Fitoussi).