quarta-feira, outubro 31, 2012

Vai ao Lisbon and Estoril Film Festival com o Cineclube FDUP


O Cineclube FDUP associa-se ao Lisbon and Estoril Film Festival, realizando um passatempo no blog e no facebook, através do qual poderás ganhar bilhetes diários para o festival. Fica atento, o passatempo será lançado em breve, mal o cartaz esteja fechado!





"A 6ª edição do Lisbon & Estoril Film Festival vai decorrer este ano entre 9 e 18 de Novembro.
À semelhança das edições anteriores, o Lisbon & Estoril Film Festival pretende ser um ponto de encontro entre o público, realizadores, conceituadas personalidades do mundo das artes e um palco permanente de discussão, reflexão, debate e acima de tudo, um espaço onde se descubra ou redescubra a Arte Cinematográfica.
Entre 9 e 18 de Novembro vamos trazer a Lisboa e Cascais: Galas, Filmes, Exposições, Concertos, Performances, Masterclasses, Leituras e um Simpósio Internacional, tendo já confirmadas as presenças de reconhecidos atores, realizadores, artistas, estilistas."

Até breve!

segunda-feira, outubro 29, 2012

Alteração da programação: Meet John Doe, Frank Capra





Infelizmente, por razões logísticas iremos alterar novamente a programação. Ao contrário do que é habitual, passaremos um filme que não consta da programação geral do Cineclube FDUP para este semestre.
 Neste sentido, dia 30 de Out., pelas 18h15, na sala 0.01 o Cineclube FDUP apresenta Meet John Doe, um filme de Frank Capra, 1941, EUA.

Novamente apresentamos as nossas desculpas pela alteração inesperada do filme, esperando que tal não impeça a vossa presença.

Até terça e bom filme!

domingo, outubro 28, 2012

30 Out.: "O SANGUE"

Design: Teresa Chow

Esta terça-feira, dia 30 Out., o Cineclube FDUP exibe, pelas 18h15, na sala 0.01 (piso do bar), O SANGUE, primeira obra de Pedro Costa, e filme-referência da geração de realizadores portugueses emergente nos anos 80 (além de Costa, João Canijo, João Botelho, Teresa Villaverde), que bebeu, em parte, os ensinamentos e a linguagem do "Cinema Novo" dos anos 60 (César Monteiro, Paulo Rocha, Fernando Lopes).

Ao contrário do que consta do cartaz, não passaremos, por razões logísticas, "Sombras dos Antepassados Esquecidos", cuja exibição fica, assim, adiada para dia 27 de Novembro. Por esse motivo, os Cineclube pede, desde já, as suas desculpas.

Até terça!

quinta-feira, outubro 18, 2012

doclisboa 2012



De 18 a 28 de Outubro, a 10ª edição do doclisboa 2012 volta a trazer o melhor do documentário mundial a Lisboa, com filmes, conferências, debates, masterclass, workshop e uma valiosa retrospectiva da obra de Chantal Akerman. Mais info. no sítio oficial: http://www.doclisboa.org/2012/

O Cineclube FDUP marcará presença e convida todos os seus associados e simpatizantes a fazer o mesmo!

Bons filmes!

domingo, outubro 14, 2012

16 de Outubro no Cineclube FDUP: "CONTOS CRUÉIS DA JUVENTUDE"

Design: Teresa Chow

Esta Terça-Feira, dia 16 de Outubro, pelas 18:15, na sala 0.01, o Cineclube FDUP apresenta CONTOS CRUÉIS DA JUVENTUDE, um filme de Nagisa Ôshima, 1960, Japão.
A entrada é gratuita, aparece!

segunda-feira, outubro 08, 2012

Crítica "F, de Fraude"


Aqui fica a crítica a F, DE FRAUDE (Orson Welles, 1972), pelo André Guerreiro.



Orson Welles catalogou o filme F For Fake de “a new kind of film”, e podemos perceber porquê, quando tentamos cometer o perigoso acto de tentar rotular de forma padrão este filme. Podemos atender ao facto de cada apropriação da realidade na forma de celuloide ser um tipo de mentira, que a própria essência do cinema é ser uma ilusão de realidade, por mais que se tente aproximar desse absoluto. Ser mais que um afloramento artificial de uma realidade que não pode ser encapsulada porque limitada a um tempo próprio, apenas podendo ser reinventada, reinterpretada pelo indivíduo, com todo o esbatimento e valoração que a percepção de cada um selecciona. E é exactamente por esse facto,  pelo facto da realidade se tornar apenas arrogante sinónimo de percepção individual quando atinente à valoração de algo tão indeterminado como a arte, dificilmente chamaremos a F For Fake um documentário. Pela forma livre como desconstrói o que essencialmente podemos chamar de todo um grande truque de magia, porque combina elementos verdadeiros (como será a carne dos participantes e os supostos factos reais, por na consciência colectiva serem dados como provados) e ficção, ilusão, mentiras, a manipulação de tudo o que vemos, mesmo desses factos verdadeiros. E é assim mesmo que começa o filme. Orson Welles, actor na pele de um mágico, diringindo-se a uma criança (que poderá simbolizar a clássica ingenuidade do espectador permeável a qualquer mentira que lhe possam impingir quando exposta num determinado formato artístico) demonstra o seu poder de transformar a realidade, na forma de uma chave que dá lugar a uma moeda, voltando a ser uma chave. Todo o tipo de metáforas poderiam ser diagnosticadas nesta pequena introdução, embora Orson Welles nos diga que a “chave não é um símbolo”. A chave, que mereceu tanto ênfase, e que tanto focamos a nossa atenção, embora distraídos pelos sucessivos cortes e mudanças de planos, demonstra-nos exactamente a exagerada tendência de imbuir simbologia num mero objecto, que pensamos representar algo mais que a sua simples existência objectiva. Tal processo de preencher um vazio com um exagero de significado, e a facilidade com que a nossa percepção é conduzida por uma outra visão, sem questionar, é importante para as questões que mais tarde serão colocadas em relação à arte, e à sua validade e seu mercado, que são controlados também pela visão de inquestionável autoridade, na figura dos experts. Em ultima análise, ocorre o mesmo com o cinema, pois a edição, mecanismo consubstanciado nos rápidos e fluidos cortes que funcionam como um mosaico onde as peças apenas são unidas pela volátil argamassa da realidade, funcionam como um truque de magia. A nossa visão e posterior entendimento são manipulados, sendo-nos permitido apenas uma visão parcial do que está a acontecer/aconteceu realmente. Na cena inicial, vemos o truque de magia na sua forma perfeita, tal como mais tarde veremos os factos que formam a história propriamente dita, mas Welles permite-nos ver a moldura dessa realidade: a camara, a equipa de produção, as luzes, a tela branca. O próprio cinema é um truque, mas os objectos e os factos não deixam de existir, tal como a chave não perdeu a sua materialidade.

Embora todas estas questões sejam imediatamente visíveis nos primeiros minutos de filme, a principal camada cutânea deste camaleónico filme em termos de guião é o documentar da vida de o provavelmente maior falsificador de arte do século XX, Elmyr de Hory (sendo este apelido também camaleónico, se entendermos a justiça e a polícia como o predador).  Elmyr, emigrante hungaro ficou conhecido por forjar na perfeição quadros de mestres como Picasso, Matisse, ou Modigliani, nunca tendo sido reconhecido nos trabalhos em que assina o próprio nome. Talentoso ao ponto de conseguir passar-se por uma miríade de artistas dignos de eterno reconhecimento, mas nunca reconhecido como um artista de direito próprio. Pode Elmyr ser considerado um artista? A noção de artista e a de nome e reconhecimento do mesmo parecem ser indissociáveis. Esta questão dá origem ao momento mais pungente e honesto do filme, em que Welles reflecte quase como se suspirasse e a sua própria voz, antes teatral e forte, se vergasse perante a realização do poder do homem de transcender a sua finitude. E que esta intemporalidade da obra não perde significado por não ser acompanhada pela herança de um nome. “Maybe a man’s name doesn’t matter all that much”, quando a arte constitui mais a prova da grandeza do Homem que de um homem em particular, quando o detalhe desaparece e só existirem ecos do que um dia será, inevitavelmente, um passado distante.

Tal como o nome dos trabalhadores da catedral nunca será lembrado, quando a memória e nome do falsificador desaparecer, o seu legado continuará a existir. Mesmo que não tenha o seu nome, o real engolirá o que outrora foi mentira e fraude, e um Modigliani de Elmyr será apenas um Modigliani.Nunca deixando de ser Elmyr, mas de tal ninguém saberá, como se de um truque que o mágico nunca revelou se tratasse. A fraude e a mentira só o serão se detectadas, e é tão fácil enganar quem está habituado a ter razão (como o espectador que não questiona, e o expert que não se concede a falhar), como provam os minutos finais do filme. A questão torna-se, então: Essa simples detecção provoca o retirar da obra do pedastal do que lícito ser arte? 

sexta-feira, outubro 05, 2012

10 Out: "A nossa forma de vida", no Passos Manuel



Dia 10 de Outubro, quarta-feira, a Milímetro faz a sua rentrée com A nossa forma de vida (2011), de Pedro Filipe Marques, filme vencedor do prémio Melhor Primeira Obra no doclisboa 2011. Desfaçam as dúvidas que ainda possam ter sobre ir depois de verem o trailer abaixo.

Às 22h, no Passos Manuel.