sábado, maio 31, 2008

ABAIXO-ASSINADO A FAVOR DA ABERTURA DE PÓLO DA CINEMATECA NA CIDADE DO PORTO

"A cidade do Porto sofre de vários e complexos problemas na área da cultura, como é do conhecimento geral. No entanto, esta situação não é generalizável a todo o país. Efectivamente, Lisboa continua a usufruir de forma centralizada dos serviços de certas instituições culturais que deveriam fazer jus ao seu âmbito nacional, como, por exemplo, a Cinemateca Portuguesa, um organismo público suportado pelos contribuintes a nível nacional.

No Porto, é de grande interesse público a criação de uma extensão da Cinemateca, o que permitiria acabar com a carência de exibição cinematográfica sentida na cidade, ao nível da produção anterior à década de 90...."



Aliens - 1986

Apesar de ainda nem sequer conseguir ler as legendas, da primeira vez que vi este filme consegui aperceber-me de dois factos: este era uma fabulosa obra de ficção-científica, e aqueles bichos eram maus como as cobras.
Neste segundo filme da saga Aliens (a meu ver o melhor), desta feita realizado por James Cameron, é-nos apresentado um enredo de acção alucinante estranhamente credível, em que tropas humanas são enviadas para combater uma ameaça extraterrestre que se instalara numa colónia espacial. Toda a acção decorre num futuro longínquo, mas nem por isso menos realista.
A fotografia é espectacular. Em Aliens o espectador é presenteado com frenéticas cenas de combate e perseguição, tudo isto em muito bem conseguidos sombrios cenários. Além dos espectaculares cenários e revolucionários efeitos especiais, há que ter em grande conta as interpretações de Sigourney Weaver, Michael Biehn e Bill Paxton, este último, a meu ver, numa interpretação memorável.
Gostei; continuo a gostar; e dói-me quando penso que já não se faz ficção-científica assim. Recomendo.

quinta-feira, maio 22, 2008


Army of Darkness – 1992


A nenhum herói roubei tantas citações quanto a Ash, a personagem principal deste filme de Sam Raimi. Brilhantemente interpretado por Bruce Campbell, Ash, apesar do seu indiscutível heroísmo, foi moldado de acordo com todos os clichés do “anti-heroismo”: é mal-educado, sucumbe regularmente a vícios da vontade, tem uma estranha relação com as mulheres, e nem sempre é tão corajoso quanto seria de esperar de um herói.
Toda a história gira em torno da demanda pelo Necronomicon, o “Livro dos Mortos”, em que se alojam as soluções para todos os problemas de vastas populações indefesas e de Ash, que sem escolha se vê envolvido em paranormais batalhas contra terríveis exércitos de cadáveres.
Num misto de acção, um pouco de terror e muita comédia, Sam Raimi leva-nos numa improvável aventura por paisagens medievais, recheada de humor e exagerada violência.
Recomendo o filme, as citações não tanto (afinal as mulheres não gostam assim tanto de humor machista…).

terça-feira, maio 20, 2008


Fearless Vampire Killers - 1967

Como grande parte da obra de Roman Polanski, também este filme é desconhecido do grande público. Apesar de mais sério e escuro, à semelhança “The ‘burbs” este é também um excelente exemplar desse género estranho e maldito, o terror cómico.
Lembro-me de em pequeno, quando nem sequer conseguia seguir atentamente as legendas sem ficar enjoado, sentir que todo o filme era de um encanto horroroso que me fascinava e deixava gelado de medo. Repleto de interpretações brilhantes, inclusive de Roman Polanski e Sharon Tate, a sua falecida esposa, todo o filme decorre em cenários memoráveis, interiores e exteriores. O brilhantismo do filme resulta da fusão de um terror clássico com um intemporal humor físico, bem como de um argumento onde encontramos incríveis perseguições na neve sob trenós, aterradores vampiros com graves problemas de alcoolismo, caçadores de vampiros muito pouco experientes na arte de espetar estacas, e vampiros de uma questionável sensibilidade.
Graças a este filme ainda hoje durmo de luz acesa.
Recomendo. E o filme também.

sexta-feira, maio 16, 2008

The 'burbs - 1989
Filme da minha infância #2.
Sempre achei os meus vizinhos estranhos, mas nem a Dona Júlia que só tem uma perna bate a família Klopek deste divertido filme de Joe Dante. Todo o filme gira em torno de um sossegado e seguro neighborhood, cujos habitantes vêem a calma rotina ser ameaçada pela chegada de novos vizinhos, os Klopek.
Tom Hanks tem o papel principal do filme, Ray Peterson, um psicótico e medroso vizinho que se vê arrastado pelos amigos na busca pela verdade sobre a estranha nova vizinhança. Repleto de humor, muitas das vezes físico, todo o filme se vê envolto num ambiente obscuro e sinistro, tornando-o num bom exemplar de terror cómico.
Até à minha triste infância este filme trouxe alguma alegria. Recomendo-o vivamente.


quinta-feira, maio 15, 2008

Big Trouble in Little China - 1986

Sem dúvida o filme da minha infância. Foi o primeiro que vi.
Camionistas, ninjas, ninjas maus, velhotes, chinesas de olhos verdes, e muitos trovões e faíscas, tudo isto encontramos em doses industriais neste clássico de John Carpenter.
Jack Burton, o anti-herói interpretado por Kut Russell cuja saga é relatada neste filme, é um camionista algo low-life, que se vê pelos motivos menos óbvios arrastado em paranormais aventuras. Com Kim Cattrall forma uma dupla ao jeito de Han Solo e princesa Leia na trilogia da “Guerra das Estrelas”.
Com o vincado e berrante traço estético tão característico dos anos 80, “Jack Burton nas Garras do Mandarim” (a tradução muito liberal, mas muito engraçada e bem conseguida), é uma aventura rápida, alucinante e algo cómica, que quando misturada com o consumo excessivo de psicotrópicos pode causar sensação de vertigem e paralisia parcial da face.
Recomendo. Os dois.

quinta-feira, maio 01, 2008



Na nossa (curta) tradição de fazer algo especial no fim de cada semestre, aqui está a próxima surpresa. Com início às 16h, será apresentado o filme "Midnight Cowboy", de John Schlesinger, seguido de um lanche muito especial, com música, convívio e discussão. Depois, temos o "The Graduate", de Mike Nichols. As apresentações ficarão a cargo, respectivamente, de Maria João Fonseca e Alexandra Severino, ambas directoras da nossa nobre instituição.
Tendo em conta que a sessão é especial, e que comportará custos extra para o cineclube, somos obrigados a fazer inscrições e a cobrar um simbólico bilhete de 1€. As inscrições podem ser feitas junto do já mítico Sr. Ferreira, no balcão da segurança da FDUP.

Contamos com a adesão de todos!

P.S.: Então e essas críticas? Criminologia ganha por 1-0 a Direito.