Parabéns pela crítica Inês!
Esperamos que todos participem. *
There Will Be Blood
There Will Be Blood não ganhou o Óscar, mas esta questão fica para depois. O que é certo é que nao podemos falar desta obra como um simples filme. É mais que isso, é a pura e perfeita conjugação de elementos fotográficos, musicais, actuações geniais que ultrapassam qualquer filme deste século. Difícil de consumir? Para muitos, sim. Compreensível? É subjectivo. São 159 minutos de arte, com actuações brilhantes e já bem conhecidas pelo publico em geral. Pois que é inegável que Daniel Day-Lewis se esmerou, e Paul Dano não lhe ficou nada atrás. Assistimos a uma historia de petróleo, ambição, luta, amor-ódio e degradação. A acção começa a ganhar asas quando D. Plainview (Daniel Day-Lewis) tem conhecimento de forma dúbia e misteriosa de que numa pequena cidade do Oeste um mar de petróleo está a emergir. Assim, segue o rumo juntamente com o seu filho, H.W. (Dillon Freasier - com, certamente, um futuro promissor), para usar a mestria de persistência e tentar a sua sorte na mirabolante Little Boston. É aqui que a intriga começa e tudo acontece. O resto fica para verem.
Jonny Greenwood consegue momentos brilhantes com a banda sonora que criou, principalmente por resistir ao comum e assumir uma postura irreverente. É assim que em muitos momentos, o som esperado era um, e acaba por sair outro, que resulta na perfeição. Mas outra coisa não seria de esperar de um guitarrista de uma banda tão controversa como os Radiohead! (E controversa não significa má, antes pelo contrario).
A complexidade desta obra de Paul Thomas Anderson é imensa, coisa a que ele já nos tinha habituado, por exemplo, com Magnólia, filme que nos faz reflectir sobre questões à partida banais. Será por essa complexidade e consequente falta de apreensão por parte de muitos que There Will Be Blood não foi o premiado? Ou será que, efectivamente, No country for old man (quase tao bom) fica a um nível acima? Para mim, não. Resta a vossa opinião. Entretanto, quando tiverem oportunidade, não deixem de ver There Will be Blood.
Rosebud, Criminologia